Foi mais ou menos assim, pisquei o olho e ... Surpresa! É Natal! Como assim? Já? De novo?
É lugar comum dizer que o tempo está passando muito rápido. O fato é que está. Talvez seja culpa do ritmo frenético, da correria diária, da internet, das poucas horas de sono, de envelhecer, da rotação da terra, do super aquecimento, do buraco na camada de ozônio, da super população. Posso elaborar várias teorias, mas a verdade é que nenhuma delas vai parar o tempo. Esse não para mesmo.
E cadê o espírito natalino no meio de tudo isso? Chegou de surpresa e esqueceu de trazê-lo. Quando menos se espera, eis que surge, intacto, resplandecente ... o genuino espírito de Natal.
O Vini e a Bibi estão esperando o Papai Noel desde que acordaram, acho que é o ultimo ano que eles vão acreditar no bom velhinho e por isso mesmo estão agarrados a ideia do Papai Noel, acreditando com todo o coração. Tivemos que elaborar um plano de última hora, escrevi duas cartas, o Papai Noel não poderá subir no 9º andar, mas vai dar uma passada no térreo e de lá vai acenar, deixar os presentes e as cartas.
Espero que isso seja suficiente para deixá-los felizes.
Terminei de escrever as cartas, disse brincando que havia psicografado, peguei uma castanha portuguesa quentinha, recém tirada da panela e o sabor do Natal me invadiu. Enfim, é Natal dentro de mim.
Desejo que no coração de cada pessoa, a criança que acredita em Papai Noel, espera por ele e se preocupa com a chuva no caminho possa despertar o verdadeiro espírito natalino em cada um.