quinta-feira, 18 de março de 2010

Festival de Curitiba e as palavras que ficam.

        
         Essa semana eu fui à cerimônia de abertura do Festival de Curitiba na Ópera de Arame. O diretor do Festival, Leandro Knopfholz, falou sobre a primeira edição do Festival que aconteceu em março de 1992, ocasião em que a mesma Ópera de Arame foi inaugurada. A peça de abertura foi Sonho de Uma Noite de Verão de Shakespeare, na memorável montagem de Cacá Rosset. E eu estava lá.
         Foi uma das peças mais bonitas que eu já vi na minha vida. A Ópera de Arame ainda não estava totalmente terminada, só havia a estrutura de ferro sem os vidros, isso dava para a platéia a sensação de estar realmente no bosque Titânia, Oberon, Teseu e Hipólita, com elfos e fadas ao nosso redor.
          O discurso dele imediatamente me transportou para aquela noite de março, e de novo me senti no bosque de Shakespare. Me encanta a idéia de algo que foi escrito há mais de 400 anos ainda seja capaz de emocionar, tocar, transportar ... Por isso eu amo as palavras, através delas, pode-se ficar.

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