terça-feira, 16 de março de 2010

Aprendendo sempre.

        No meio de uma discussão disse para meu filho que eu sabia mais do que ele. E ele, em meio a lágrimas, me pediu desculpas e falou engasgado: - Tá certo, mãe, você sabe mais do que eu. E não devia ter "fazido" isso. Na hora me senti cheia de razão, achando que tinha ensinado uma lição importante para meu filho.
        Lógico que eu estava enganada. Eu não sei mais do que ele, nós só sabemos coisas diferentes. Como que eu posso fazer meu filho acreditar que eu sei mais que ele? Imediatamente as vozes começaram a surgir na minha cabeça, vozes antigas, frases ditas e repetidas tantas vezes que passamos a acreditar nelas. Não poderia fazer o mesmo com meu filho, porque seria a mesma coisa que mentir para ele.
        Fiquei pensando nas teorias psicológicas de como criar um filho e tantas idéias preconcebidas. No fim, cheguei à conclusão que a única coisa que sei é que criar filho não é uma tarefa fácil, requer intuição, tato e muita humildade para aprender sempre. Ainda não falei para ele que eu não sei mais que ele, mas vou falar.

Estava aqui escrevendo esse post quando ele me chamou.

- Mãe, vem aqui um pouquinho.
- O que foi filho?
- Você precisa vir aqui.
- Estou indo.
-Foi sem querer, mãe, foi sem querer...
- O que você fez?
- Só uma artinha...

[vivo aprendendo com ele ... por exemplo, a definição de arte]

12 comentários:

Anônimo disse...

Quando te conheci, do alto dos teus 14 anos você me disse: Quero ser escritora. E arrematou confiante: De livros infantis!
Lembro de ter pensado: Eu, hein, menina esquisita...
Lendo teu blog agora, me senti um pouco criança descobrindo algo novo, então, pra mim, você conseguiu ser o que queria ser quando crescesse.
Que bom que sua primavera chegou!

Beijo,

Marcelão

[P] disse...

Como eu já tinha falado... que lugar BONITO! E quanto ao Vini, ora, Fer, nasce um artista, né?

Beijo.

ps: ótimo isso de poder te chamar de "Fer" em público :)

Michele de Lara disse...

Oi Fernanda,
Vim aqui agradecer e retribuir a visita lá no Amante dos Livros e Afins, e te dizer que adorei aqui, é visitinha garantida...rsrs
Bjss.

Ju Haghverdian disse...

Oi, oi Fernanda!
Muitíssimo obrigada pela visita e sinta-se sempre bem vinda.

Teu post me fez lembrar meu primeiro dia como professora - aquele oficial mesmo, sem nenhum "adulto" por perto. Adiei esse dia por quase 2 anos e meus professores dizendo "se não fizer estágio não vai formar!"

Tremi, suei, tentei não mostrar minha imaturidade e falta de prática para os meus alunos - sempre tive pavor de seminários, de platéia - a primeira coisa que me veio a cabeça foi dizer: "Meus queridos... Só quero deixar claro que aqui aprenderemos juntos, não sei mais que vocês, só comecei a estudar primeiro" ha ha ha

As gargalhadas me acalmaram...


Viva o Vini e sua arte! o/

Isabel Furini disse...

Olá Fernanda que belos textos. É muito bom saber que você continuar com essa paixão: escrever.
Parabéns.

Carol - a cunhada disse...

Oi Fer! Apesar de nem ter sido avisada que tu tinhas um blog, foi uma boa surpresa acessá-lo e ver como tu tens vocação mesmo para ser escritora. Acho que estás pronta! Afinal, todos dizem que antes de morrer precisamos plantar uma árvore, criar um filho e escrever um livro! A árvore eu não tenho certeza se já plantaste, o livro estás pronta para escrever (se é que já não escreveste e não divulgaste - COMO O BLOG - e o filho... bem, não preciso fazer comentários sobre o Vini depois dessa ARTINHA..... Adorei! Bjs.

Ronan disse...

Esse puxou o tio...bjs

Ivan disse...

Fernanda,

Ontem eu dei boas risadas, aquelas de doer a barriga, ao lembrar as mesmas velhas e boas histórias da infância. Posso contar uma? Oba!
Então... uma vez um cara importante foi almoçar em nossa casa e minha mãe preparou uma bela macarronada, daquelas que são ornamentadas com ovos cozidos fatiados ao redor da travessa. Meu pai educadamente indicou ao convidado que se servisse, o que ele prontamente fez. Acontece que o sujeito, embora importante, não era tão educado assim porque ele se serviu de todas as fatias de ovos cozidos que estavam na travessa. Eu, no auge dos meus 7 anos comecei a chorar compulsivamente e meus pais perguntaram:
"O que foi que aconteceu???"
Eu apontei para o sujeito e disse:
"Aquele homem!! Comeu todos os meus ovinhos!!!!"

:-/

Salve o Vini e sua artinha!

Beijinhos.

Ivan.
http://xoogle.wordpress.com/

Anônimo disse...

Nandinha,

Acho que nisso o Vini puxou pra você, heheheheheh.

beijinhos

dud´s

Fernanda Salgueiro disse...

Marcelo,
fiquei emocionada com suas palavras, obrigada. Pensar que eu já era esquisita com 14 anos me faz rir ... volte sempre! bjs

P, querida, sua visita me deixa muito feliz, ficou bonito o lugar, né? Esse Vini é mesmo um artista ... e mãe de artista sofre, hehe. bjs

Michele, seja bem vinda, que bom que você gostou, volte sempre, menina!

Ju, que boa história, você foi sábia ... as crianças sabem muito e é uma pena nem sempre estarmos disponíveis para ouvi-las. Adorei seu blog, estarei sempre por lá.

Isabel, que bom tê-la aqui, venha sempre me visitar.

Carolzinha do meu coração, que bom que vc veio aqui, eu mandei um convite para vc, mas algumas pessoas não receberam, uma pena. Mas sinta-se sempre convidada a me visitar. Só falta terminar o livro, o resto já tá certo ...
beijos

Ro,
socorroooooooooooo! rsrsrsr

Fernanda Salgueiro disse...

Dud´s, hahaha, pra mim é?

Anônimo disse...

Nanda,
Ficou lindo seu pomar de pitanga, uma graça mesmo. E os textos estão ótimos!!! Quanto à artinha, só quem tem filho, principalmente pequeno, sabe da habilidade que eles têm com as palavras e, sobretudo, com a definição delas... Maravilhoso!
Bjs e que os escritos deem muitas frutas,
Ana