domingo, 4 de abril de 2010

A Páscoa não é mais a mesma.

      Nada como um feriado de Páscoa com crianças, muitas crianças, 13 para ser mais exata, com idades variadas, de 2 meses a 10 anos. Resolvemos antecipar o coelho para sábado a noite. É que as crianças andam muito espertas, já não acreditam em coelhos, fadas, Papai Noel, bicho papão. Achamos que o escuro da noite nos ajudaria a "enganá-las".
      Alguns adultos foram escalados para passear pela praia com elas, outros ficaram em casa preparando as pegadas e dois - os escolhidos - seriam os coelhos, com direito a fantasia peluda, com cabeção de coelho.  Eu fui para praia com as crianças.
      Tudo combinado, percurso das crianças minuciosamente definido, relógios sincronizados, plano muito bem elaborado. De repente surgem os coelhos na esquina, crianças enlouquecem, gritam no meio da rua e correm atrás dos coelhos, que correm também, afinal, eles não poderiam ser vistos de muito perto, mesmo com o cabeção de coelho. É que as crianças são espertas, não se deixam mais enganar.
      A cena foi muito engraçada. No fim deu tudo certo. Os coelhos sumiram na calada da noite e as crianças "enganadas" falavam ao mesmo tempo. Os adultos que elaboraram o plano estavam felizes por ter conseguido "enganar" as crianças.
      Até que um sobrinho de 3 anos (só três anos!) disse:
- Eu vi um pescoço de homem dentro da cabeça do coelho.

      É que as crianças andam muito espertas...


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