domingo, 10 de maio de 2020

Será que é assim que uma revolução começa?


Lembro-me que passei uma semana esperando minha menstruação descer, em nenhum momento imaginei que pudesse ser gravidez. Mas depois de 7 dias, será? Ainda incrédula, comprei o teste na farmácia. Não contei para ninguém. Domingo de manhã, Dia das Mães com minha mãe me visitando em Curitiba. A minha irmã, há 15 dias havia anunciado gravidez. Lógico que estou imaginando, pensei. Atrasou por sugestionamento. Escondi o teste na bolsa e fui ao banheiro. Meu coração batia enlouquecido, ele já sabia, lógico. Coração sempre sabe. Sabe de tudo.
Positivo! Meu primeiro Dia das Mães se confirmou.
Chamei minha mãe, segredo só é bom quando a gente conta para alguém.
*16 anos depois*
Dia das mães em época de Covid-19. Tudo em nesta pandemia parece ter gosto diferente. Existe, lá fora, uma realidade alterada, meio surreal até.
Uma das datas de varejo mais importantes para o comércio, reinventada. Novos jeitos de demonstrar amor. Menos material, talvez. Afeto de mil maneiras novas, é assim o amor, sempre dá seu jeito. E se tem mãe envolvida na história, tudo parece mais fácil e possível. Todo mundo gosta de ganhar presente, mas, dessa vez, o que todos mais queriam era a presença. E de algum forma, aconteceu.
Passe os olhos pelas redes sociais, é amor que se diz? É amor que se vê! 
Esse 10 de Maio de 2020 jamais será esquecido. Será que é assim que toda transformação começa? Será assim que uma revolução é feita? O coração, enquanto escrevo, bate enlouquecido. Ele sabe a resposta. Ele sempre sabe. Que pena que a gente ouça tão pouco o que ele tem a dizer.
Que venham tempos novos, reinventados, revisitados, repensados, reconectados, reparados, reutilizados, relidos, refeitos, reinaugurados. Enfim, a revolução está ai...
Feliz e abençoado Dia das Mães.

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