sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

No meio do caminho tinha a Biblioteca Nacional e mais algumas surpresas.

Biblioteca Nacional

Fui visitar a Biblioteca Nacional no Rio. Já na entrada fiquei de boca aberta, do chão ao teto, da escadaria ao vitral, tudo é lindo e tem uma atmosfera de respeito, do tipo que se encontra em igreja. As pessoas falam mais baixo ou silenciam. Bonito de ver e sentir.



Vi a escrivaninha que Carlos Drummond usava assiduamente, e diz a lenda que se algum desavisado estivesse sentado lá, ele pedia para que um funcionário fosse falar com a pessoa. Achei de uma empáfia  linda, coisa de grande poeta que pode, não sei se na época ele já era reconhecido, mas por mim, já podia. A quantidade de livros é algo que intimida, são vários andares pra cima com piso de vidro e estantes de aço. Mas no térreo, o piso é mosaico português e as escrivaninhas são de madeira escura, antigas, com o mesmo ar que impõe respeito do resto. Amei o salão de livros raros, tem cofres enormes para guardar as raridades.
Saí de lá feliz, impregnada de letras, palavras, páginas e história.


Mas quis o destino que o caminho para o hotel me reservasse uma grata surpresa.

Villarino.
De fora não se dá nada, o que me chamou atenção foi o nome, já tinha lido sobre o lugar em alguns livros. Villarino, o bar que Vinicius e Tom se conheceram. Entrei, afinal, não só de letras se vive, precisamos de alguns litros também. Lembrei de uma época muito boa da minha vida, de infinitos papos nas mesas de bar, de litros e litros brindados e de grandes amigos que ficaram pelo caminho. Nostalgia. Cheguei a conclusão que na medida certa, boêmia só faz bem e, como os livros, ajuda a formar o caráter.





P.S Olhando as fotos espalhadas pelas paredes, desejei estar em um filme do Woody Allen.

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