Ao final, ninguém se levantou. Os créditos rolando e as pessoas em silêncio, imóveis. Culpa da poesia, de toda forma de poesia, do Rio, da lua, do Pulitzer, da Arte de Perder... das flores raras.
Passei dezenas de vezes pelo Aterro do Flamengo no Rio, ficava no meu caminho para FGV. E nunca sequer imaginei a história por trás da obra. Do Aterro sabia tão pouco. Cultura de taxista - "Sabia que isso tudo - e apontava em direção aos jardins - já foi mar?" Sempre achei aquele um dos lugares mais bonitos do Rio. Agora acho ainda mais.
Entendi que, às vezes, é necessário uma vida, e não dias ou anos, para se terminar uma obra.
Sai do cinema me sentindo no Rio, naquela luz de final de tarde, tão linda. Acho que por isso foi um choque me perceber na fria e cinza Curitiba, que naquela tarde, até a luz estava p&b.
Vale ler:
"É frequente que, num casamento, o cônjuge, por adorável que seja, apareça como alguém que limita nosso desejo -às vezes, ele, de fato, compete com nossa vida e domestica nossos sonhos. Esse não foi o caso de Elizabeth e Lota: cada uma potencializou o gênio da outra -essa é uma flor rara."
Vale ver:
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