domingo, 28 de fevereiro de 2021
Olhando para o futuro e aprendendo com o passado.
Essa não é a primeira pandemia que eu testemunho.
Nem a sua. Você talvez não se lembre, muitas pessoas não lembram. Estou falando
da Pandemia do H1N1 em 2009. Acho que em Curitiba foi pior. Além disso, eu já
trabalhava no Hospital Pequeno Príncipe e uma pandemia decretada sempre tem
impacto para profissionais ligados à saúde.
Trabalho no setor de Marketing e, em 2020, assim
que foi decretada a Pandemia do Novo Coronavírus, o Pequeno Príncipe adotou
muitas medidas de proteção e segurança: visitas aos pacientes e as atividades
dos voluntários foram suspensas. Protocolos foram criados. Decretos adiaram
cirurgias e consultas e muitas outras mudanças. Toda essa informação precisava
chegar aos colaboradores, pais, médicos, enfim, toda sociedade.
Foi aí que lembramos da Pandemia de 2009. E
buscamos nos arquivos do passado as referências do que havíamos feito. Achamos
vários comunicados, cartazes, e-mails com explicações, datas, protocolos. Teve
um cartaz em especial que me chamou atenção. Fiz questão de mostrar para as
pessoas que estavam comigo na sala. E no meio daquele momento caótico e
incerto, o cartaz nas minhas mãos trazia luz e esperança. Era necessário aprender com o passado. Sempre é.
O comunicado dizia mais ou menos assim: Com
a diminuição dos casos de H1N1, vamos retomar as seguintes atividades: e seguia
a lista ...
Olhei a data do primeiro material que eu tinha em
mãos, e olhei para data deste cartaz que me trazia esperança. Alguns meses os
distanciavam. Mas, aquele cartaz era a prova concreta que a pandemia teve fim.
E isso encheu meu coração de um sentimento bom. Era uma certeza, no meio de
tantas incertezas. Aquele cartaz virou um símbolo para mim.
Nos meses que se passaram após aquilo. Nos momentos
mais difíceis, nos dias que pareciam que não ter fim, eu me lembrava daquele
cartaz - As atividades serão retomadas. Passou em 1918. Passou em
2009. E agora também vai passar. É preciso olhar para o futuro.
Sim, há muitas perdas, muitas mortes, muitas
sequelas, muitas tristezas, mas também muitas vitórias, muitas superações,
muitas alegrias, e sobretudo, muita esperança.
Vai passar é um mantra que repito todos os dias.
Sim! Vai passar! Mais cedo ou mais tarde,
chegaremos ao fim dessa pandemia também. Está sendo muita mais longa e
infinitamente mais difícil que em 2009. Mas ela chegará ao fim. As medidas de
proteção ainda são necessárias. Usar máscara não é o novo normal, mas o
necessário. Higienizar as mãos nem deveria ser um cuidado do momento, deveria
ser de sempre. O distanciamento social é o mais difícil e odiado, porém precisa
ser adotado.
Desejo de todo coração, em breve, fazer de novo
aquele cartaz: As atividades serão retomadas. E se cada um fizer a sua
parte, vai passar mais rápido!
O futuro está logo ali.
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