sábado, 25 de abril de 2020

Se o mundo parou, como que as mudanças aceleraram?



Tive uma excelente aula na pós-graduação de Neurobusiness  no final de semana passado, primeira vez online. Nunca fui muito fã de EAD, mas no último mês, tudo mudou. Depois de zilhões de reuniões por zoom, hangouts, whatsapp, facetime, mudei de opinião. E “fui” para aula feliz.
Sempre gostei de estudar, adoro o gosto que aprender deixa na boca, acho que nunca vou me saciar. Li uma vez, não lembro onde, sobre alguém que se não tivesse aprendido uma coisa nova no dia, não conseguia dormir. Levantava para abrir a enciclopédia e só depois de ter aprendido algo, voltava para cama.
A aula foi especialmente importante, não só pelo conteúdo, que foi ótimo.  Acho que o isolamento reforça a bolha que vivemos, assistimos, ouvimos, consumimos o mesmo. E ter a oportunidade de ouvir outras histórias, ver o mundo por outras perspectivas, aprender com experiências bem sucedidas dos outros, é ótimo. Faz pensar e transforma, constrói um novo lugar de fala. Que é sempre bom. (obrigada prof e colegas!)
A pandemia é uma só, porém, percebo que cada pessoa vivencia de uma forma diferente. A pandemia está no mundo inteiro para todos, ao mesmo tempo em que nos iguala nos diferencia. Vejo pessoas se reinventando, vejo empresas se reinventando, usando a criatividade e outras mil estratégias para passar por isso de um jeito melhor. Ao mesmo tempo em que vejo pessoas e empresas olhando estáticas para o copo vazio, sem saber o que fazer.
Tenho conversado com amigos, que também estão em homeoffice, e todos, sem exceção, dizem que estão trabalhando muito. E o trabalho em casa, embora, cheio de prós, não respeita horários, e lá se vai um expediente de 12 horas... (por isso que só consegui escrever uma semana depois)
O mundo nunca mais será o mesmo, as pessoas jamais serão as mesmas. O mundo parou, mas as mudanças aceleraram. Parecia algo improvável de acontecer, como pode haver tanta mudança com o mundo parado?? O fato, é que não parou. Porque a vida sempre dá um jeito de continuar. Somos provas disso.  

sábado, 11 de abril de 2020

Como saber o que é real, verdade, mentira, fake news ou fantasia?



O mundo nunca esteve tão virtual como nos últimos dias, e ao mesmo tempo, as notícias nunca me pareceram tão doloridamente reais. O número de óbitos cresce no mundo todo, ao mesmo tempo, que uma estúpida disputa política acontece no Brasil.  Não consigo deixar de pensar no desperdício de energia que isso causa. Seria tão mais fácil que os diferentes se ouvissem, se respeitassem e adotassem medidas razoáveis. Mas, já disse meu personagem preferido de todos os tempos, e sem medo de parecer piegas, cito o Pequeno Príncipe: “ As pessoas grandes são, definitivamente, muito bizarras”!
Ao assistir os noticiários, impossível não compartilhar da mesma opinião: as pessoas grandes são, de fato, bizarras. Mas não as crianças. As crianças são o que há de melhor no mundo. E, por alguma razão que a ciência ainda não compreende, estão sendo poupadas de complicações causadas pelo COVID-19. Gosto de estar perto de crianças, gosto de escrever para crianças, gosto de saber que meu trabalho de alguma forma, ajuda as crianças a crescerem com mais saúde, seja, física ou emocionalmente.
Acredito que cabe a cada um de nós, adultos, vez por outra, bizarros, zelar pelas crianças e pelo mundo que deixaremos para elas. Que mundo irá ficar? Que mundo estamos construindo? Que história estamos escrevendo? Tenho mais perguntas que respostas. Tenho mais incertezas que certezas, mas tenho, acima de tudo (sem medo de parecer piegas de novo) esperança.
Acredito que dentro de cada um de nós, ainda habita a criança que um dia fomos. A criança que se encanta quando vê a imagem de um golfinho nos canais de Veneza. Parece que a imagem é fake news, mas não deixa de ser encantadora. Indianos conseguem ver o pico do Himalaia pela primeira vez, depois de 30 anos, por causa da dimunioção da poluição. Não sei se é verdade, mas isso me faz sorrir.  
Se desse para preferir algum tipo de fake news, essas seriam as minhas preferidas. E ouso, incluir mais uma “Fadas foram vistas passeando pelo mundo dos humanos. Uma delas, de cabelos e botas cor de rosa, pedia para autora mais uma história. ” A autora ainda não se pronunciou, finalizava a notícia. Será fake news ou a mente fantasiosa de uma autora em quarentena?